Muitos não entendem que não foram os grandes gestos de Jesus os mais espetaculares, mas os pequenos. Ele nos ensinou a encontrar grandeza na pequenez, coragem na fragilidade, nobreza nas perturbações.
Gostamos de repartir o sucesso, mas somos péssimos para compartilhar os fracassos, os temores, as angustias. As sociedades modernas tornaram-se fábricas de pessoas simuladoras de emoções. Grande parte dos sorrisos são disfarces.
Foi nesse clima que Jesus, hora antes de morrer, viveu intensamente um dos pensamentos mais vivos da oração do Pai-Nosso: “Pai, afasta de mim este cálice, mas não se faça a minha vontade, mas a Tua vontade.”
A vontade do Seu Pai estava em jogo. Se Ele quisesse, Sua vontade prevaleceria. Deus só aceitaria um sacrifício de amor.
No Jardim das Oliveiras, Jesus viveu o que pregou no Sermão da Montanha. É significativo. As azeitonas são prensadas para produzir um rico azeite. O Mestre da Vida foi prensado pela dor para refazer a vida de quem O recebesse como Senhor de sua vida. Jesus não era um suicida. Raramente alguém amou a vida intensamente quanto Ele, mas, desobedecendo ao clamor de bilhões de células que produzem sintomas psicossomáticos e que rogavam que fugisse, Ele ficou. Estava chorando, ofegante, não queria morrer, mas pediu a Deus que executasse a vontade do Pai. Estava disposto a ir até o fim.
Por que? Simples, Ele sempre soube que, mesmo diante das piores circunstâncias, a vontade de Deus é perfeita e a melhor opção para Ele (Jesus) e para cada um de nós.
Augusto Cury, em “OS SEGREDOS DO PAI-NOSSO”
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