Dois adolescentes, filhos de fazendeiros da região, caminhavam por uma estrada que levava a uma área de plantio. Eles então avistaram um casaco velho e um par de sapatos masculinos muito gastos ao lado da estrada, e lá ao longe, viram o dono daquelas coisas, que trabalhava com a terra, arando-a...
O garoto mais novo sugeriu ao outro que eles poderiam se divertir muito, e que pra isso, deveriam esconder aqueles pertences do tal homem, e depois, sem que ele os visse, ficariam à espreita assistindo o pavor e a frustração na cara do capiau, quando ele voltasse.
O garoto mais velho, no entanto, disse que aquilo não seria bom, pois tratava-se de um cidadão muito pobre que estava ali (e isso se podia ver pela aparência de suas vestimentas e do seu calçado), e que a própria vida miserável já se encarregara de lhe causar todos os dissabores possíveis, e não seria justo, de forma alguma, intensificarem ainda mais sua dor. De imediato, ele sugeriu que tentassem algo diferente, uma experiência que lhes pudessem enobrecer a alma: Em vez de esconder os pertences do homem, que eles colocassem uma moeda de prata em cada um dos sapatos, e algumas, notas de dinheiro nos bolsos do casaco, e então, se ocultariam para ver qual seria a reação do homem quando ele achasse o agrado.
E foi o que fizeram... Assim que o lavrador voltou do campo, e que calçou um dos sapatos, sentiu algo estranho tocar-lhe os dedos, verificou, e, pra sua grata surpresa, encontrou a moeda. Alegria e espanto brilharam em seu rosto, e ele ficou extasiado a admirar aquele metal por várias vezes... Olhou ao redor e não viu ninguém, então calçou o outro pé, e mais uma vez, o espanto por encontrar outra moeda. A emoção tomou conta do seu ser, que foi ainda mais crescente quando depois de ter vestido o velho paletó, enfiou as mãos nos bolsos dele...
Instantaneamente, ajoelhou-se ali mesmo, e ofereceu em alta voz uma oração de gratidão a Deus:
“Obrigado, Senhor, por Tua fidelidade! Hoje de manhã eu disse que confiaria totalmente em Ti. Tu bem sabes, ó Pai, da minha difícil situação, minha esposa está doente, meus filhos estão sozinhos e famintos, e eu tive que deixá-los assim mesmo. E agora voltava pra casa agoniado, mas o Senhor veio e deu-me provas da Tua existência e bondade... Não sei quem o Senhor usou para me beneficiar, mas eu invoco as bênçãos do Céu sobre a vida de quem me socorreu nessa hora tão necessária. Dignifique-o em nome de Jesus. Obrigado, meu Deus! Obrigado, Amém!”
Os garotos ficaram escondidos até ele ir para casa. Foram sensivelmente tocados por sua oração e sentiram o agir do Espírito Santo em seus corações, e logo que voltaram seu caminho estrada abaixo, um disse ao outro:
- E agora, você consegue sentir algo realmente bom?
Ao que o outro respondeu:
- Sim, compreendi que a mudança de uma atitude pode até parecer insignificante, mas ela faz uma grande diferença!
"A mudança não é só necessária para a vida. Ela é a própria vida"
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